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Professor Galdino

Monumento ao Trabalhador e algo mais...

Publicada em 01/05/25 às 14:21h - 71 visualizações

Antônio Galdino


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Monumento ao Trabalhador e algo mais...
 (Foto: Arq. do jornal Folha Sertaneja)

Monumento ao Trabalhador

Texto e fotos: Antônio Galdino (jornal Folha Sertaneja) 

O Dia do Trabalhador é celebrado anualmente no dia 1º de maio. Celebrada internacionalmente, essa data remete à luta histórica dos trabalhadores para conquistar melhores condições de trabalho. A origem da data foi por causa de uma greve de trabalhadores ocorrida em 1886, em Chicago, nos Estados Unidos, reivindicando jornada de 8 horas por dia, que o dia Primeiro de Maio entrou para a História como Dia Internacional dos Trabalhadores.

No Brasil, embora haja registros de manifestações operárias já no fim do século 19, a data foi oficializada em 1924, durante a gestão do presidente Artur Bernardes.

Pela Lei Nº 662, de 6 de abril de 1949, sancionada pelo presidente Eurico Gaspar Dutra, o dia 1º de maio já aparece no seu Art. 1º, como uma das datas em que é feriado nacional, o que mantém a redação dada pela Lei nº 10.607, de 19.12.2002, sancionada pelo presidente Feernando Henrique Cardoso que traz como feriados no Brasil os dias: 1o de janeiro, 21 de abril, 1o de maio, 7 de setembro, 2 de novembro, 15 de novembro e 25 de dezembro.

Monumento ao trabalhador, em Paulo Afonso - Bahia

O dia do trabalhador, lembrando anualmente em muitos países do mundo, nos remete à Praça 1º de Maio em Paulo Afonso que, como outras praças da Avenida Getúlio Vargas, o principal centro comercial da parte histórica da cidade de Paulo Afonso, a Ilha de Paulo Afonso, está (estão) há muito tempo precisando de uma boa revitalização, o que irá valorizar o comércio e acolher melhor os visitantes e os hóspedes dos hotéis instalados no seu entorno.

Há anos atrás, levantamos nesse site essa necessidade de reurbanização destas praças assim como dotá-las, também em outras áreas da cidade das condições mínimas de acessibilidade, especialmente para os da terceira idade e com difícil mobilidade. A matéria teve mais de 4 mil acessos, mas as praças continuam precisando de melhorias.

Nesta Praça 1º de Maio foi colocado o Monumento ao Trabalhador, há exatos 65 anos, em 1º de maio de 1960, quando o município de Paulo Afonso ainda ia fazer 2 anos de vida.

Foi uma iniciativa do vereador Carlos Alberto Alves, da Câmara Municipal de Paulo Afonso, que era também chesfiano, piloto de aeronaves da empresa, o Monumento ao trabalhador foi instalado na Avenida Getúlio Vargas, na Praça 1º de Maio, conhecida como Praça do Trabalhador em Paulo Afonso/BA., no dia 1º de maio de 1960.

O vereador Carlos Alberto Alves, da Câmara Municipal de Paulo Afonso, era chesfiano, piloto de aeronaves da empresa. Foi vereador de 4 de abril de 1963 a 6 de abril de 1970 e exerceu o cargo de Presidente da Câmara por cinco vezes em quatro anos.

Ele nasceu em Campinas/SP em 8 de agosto de 1924. Chegou a Paulo Afonso em 10 de fevereiro de 1957 para trabalhar na Chesf onde ficou até 10 de fevereiro de 1970, quando se aposentou. Ao concluir o seu mandato de vereador em 6/4/1970, retornou à sua terra natal.

Em 1º de maio de 1960 foi montado o Monumento ao Trabalhador, Projeto de sua autoria, na Praça 1º de maio, na Av. Getúlio Vargas, centro de Paulo Afonso.

Esse Monumento ao trabalhador nasceu como uma homenagem a todos os trabalhadores representando pela figura de dois marteleteiros da Chesf, que eram os operários responsáveis pela perfuração da rocha para nelas serem colocadas os explosivos e serem abertos os espaços para a instalação dos geradores e equipamentos das usinas hidrelétricas subterrâneas da Chesf nas Usinas Paulo Afonso I, Paulo Afonso II e Paulo Afonso III, localizadas a mais de 80 metros de profundidade, e tem um simbolismo muito importante para a história do município de Paulo Afonso.

Esta ferramenta que eles utilizavam chamava-se martelo. Daí o seu nome, marteleteiros ou operários operadores dos martelos de perfuração nas rochas. Isso a partir do final do ano de 1948 e nos anos seguintes das décadas de 1950, 1960 e ainda início dos anos de 1970.

Esses operadores dos martelos e milhares de outros operários chesfianos pioneiros na construção das suas usinas hidrelétricas passaram a ser chamados de “cassacos” que é o nome popular dado ao gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris) no Nordeste do Brasil, especificamente no Ceará, Alagoas e no agreste pernambucano. Eles vivem vários habitats, incluindo buracos de árvores, telhados ou tocas abandonadas. Imagina-se que o nome “cassaco” dado aos trabalhadores pioneiros chesfianos tenha relação com o trabalho desses operários abrindo esses túneis, mas o nome “cassaco” passou a se referir a todos os trabalhadores dessas obras iniciais da empresa hidrelétrica em Paulo Afonso.

O monumento dos dois operários, marteleteiros, colocado na Praça 1º de Maio, na Avenida Getúlio Vargas, em Paulo Afonso-BA, foi um trabalho do artista plástico José Corbiniano Lins que nasceu em 02 de março de 1924 e faleceu no Recife em 2018, com 94 anos. Ele foi construído em concreto armado e foi colocado no centro de uma fonte luminosa.

Na placa do monumento está a frase: “Aos que tornaram Paulo Afonso a Redenção do Nordeste”.

José Corbiniano Lins foi um escultor, gravador e pintor pernambucano nascido em Olinda em 1924Corbiniano iniciou como pintor em 1949. Em 1952, ingressa no Atelier Coletivo.

Fez parte do movimento de Arte Moderna do Recife na década de 1950 junto com nomes como Abelardo da Hora, Reynaldo Fonseca, Samico e Celina Lima Verde. Participou de diversas exposições coletivas e individuais em galerias, museus, espaços culturais e Salões em Recife, Olinda, São Paulo, Rio de Janeiro, na Europa e na América Latina.

Uma de suas obras mais conhecidas é o painel de azulejos localizado na praça General Abreu e Lima, em Recife, em que representa três momentos históricos de revoluções no estado de Pernambuco: 1817 (Revolução Pernambucana), 1824 (Confederação do Equador) e 1848 (Revolução Praieira). O artista morreu em 10 de março de 2018, em Recife.

O Monumento ao Trabalhador já foi bem iluminado, com luzes coloridas, mas aos poucos foi sendo abandonado pelas gestões municipais e as águas paradas passaram a servir para os lavadores de carro da região. E ele ali está, sem fonte e sem luzes... 

Há alguns anos atrás, o monumento esteve novamente em evidência quando surgiu a notícia que haveria um investimento do governo estadual, através de um deputado, para se criar uma iluminação especial deste e outros monumentos da cidade e não houve autorização da gestão municipal para esse projeto.

Convém lembrar que ao lado desse monumento o artista plástico César Rios, de saudosa memória, morador de Paulo Afonso, que trabalhou na Ascom da Prefeitura, criou, no início deste século, um monumento que representa o homem dominando as muitas águas da Cachoeira, e este, ao lado do Monumento do Trabalhador completam um belo cenário da fundamentação histórica da geração da energia hidro elétrica gerada em Paulo Afonso.

Na verdade, a restauração destes monumentos poderia ser o início de um grande programa de revitalização e valorização de praças, outros monumentos e atrativos turísticos neste município que já esteve entre os 115 destinos turísticos do Brasil em seleção feita pelo Ministério do Turismo.




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2 comentários


Socorro Mendonça

01/05/2025 - 15:52:54

Existem belas lembranças dos tempos idos , cada monumento, cada usina hidroelétrica, Paulo Afonso tornar-se ilha. Sou feliz sendo filha de um guerreiro " cassaco " um dos pioneiros " tatus " . Obrigada Imortal Antônio Galdino. Excelente matéria.


Aníbal Alves Nunes

01/05/2025 - 15:46:51

Infelizmente este e outros monumentos estão abandonados.Fico frustrado ao ver o monumento que fiz "Caminho das Águas" defronte ao posto de Petrônio sem nenhuma repintura. Confeccionei aquela arte com meia tonelada de tubos de aço (doação da Chesf), por mais de 30 dias cortando, soldando e lixando tubos até o acabamento final. Em seguida, com um munk e um caminhão transportamos a pesada obra até o local onde se encontra desde 28/07/1980. Emancipação de Paulo Afonso.


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