Em 13 de dezembro de 2021 a ALPA estava em recesso de fim de ano e, além de parte dos seus membros já morarem em outros Municípios e Estados brasileiros, alguns dos seus confrades, deles amigos de longa data, também estavam viajando e ao saberem da notícia de sua partida de forma tão repentina, mesmo de longo mandaram suas mensagens de dor e de conforto à família.

Outros, em Paulo Afonso, escreveram pequenos textos dizendo desse sentimento de perda. Esses depoimentos, como o texto de Edson Mendes publicado ontem, foram todos publicados na Edição Especial do Informativo da ALPA, Nº 16, de 13 de dezembro de 2021. Alguns nem conseguiram enviar suas mensagens antes do fechamento do Informativo...

Nesse 3º dia da SEMANA JÂNIO SOARES, na homenagem póstuma que estão fazendo o Jornal Folha Sertaneja, o site www.folhasertaneja.com.br e a Academia de Letras de Paulo Afonso - ALPA – onde Jânio Soares ocupava a Cadeira Nº 20, trazemos as mensagens desses vários membros da ALPA, lembrando o seu aniversário de 64 anos, que seria no dia 21 de julho, uma semana antes do aniversário do município de Paulo Afonso, que também completa 64 anos, ambos nascidos no ano de 1958.

Aí estão mensagens dos seus colegas da ALPA: Socorro Mendonça, Luiz José, Fernando José, Jotalunas Rodrigues, Francisco Araújo, Edson Barreto, Jacques Fernandes, Roberto Ricardo, Gilmar Teixeira, Luiz Rubem, Virgílio Agra,  Francisco Nery, Gorete Moreira, João de Sousa Lima.

Abraço fraterno.

Antônio Galdino da Silva 

Jornal Folha Sertaneja

Site www.folhasertaneja.com.br

Presidente da ALPA 

O ADEUS DOS AMIGOS DA ALPA

(Socorro Mendonça - Cadeira 10) - JANINHO foi chamando a retornar para o mundo dos espíritos. Missão cumprida! Que ele encontre a PAZ em CRISTO misericordioso e à família meu abraço respeitoso e minhas orações de conforto.

(Professor Luiz José - Cadeira 9) - Ainda estou muito tocado: Janinho faz parte de nossa história cultural!

(Professor Fernando - Cadeira 2) - Nossa vida, nosso rito de passagem. “É a vida desse meu lugar, é a vida.” (Milton Nascimento). Nossos sentimentos a família enlutada. Que o ETERNO DEUS, receba-o em seus átrios.

(Jotalunas Rodrigues - Cadeira 21) - Ficamos sem a presença de JANINHO, agora SÓ ARES de boas lembranças...

Francisco Araújo - Cadeira 1) - Soube assim que acordei. Até agora sem acreditar. Alguém pare de brincar e diga que isso foi só uma trolagem, fake news. Digam, por favor. Tinha um encontro com ele está semana.

(Edson Barreto - Cadeira 4) - Meu Deus! Gente boníssima! Janinho, que Deus o receba na morada celeste!

Jacques Fernandes - Cadeira 39. De Aracaju) - Imensa dor e grande perda. Estou em Aracaju, não poderei render esta última homenagem, mas peço que os amigos da ALPA levem meus sentimentos.

Roberto Ricardo Cadeira 7. Salvador, BA., 13.12.2021, ás 13:14hs - Meus irmãos: Transitei com Janinho, a partir de 1974, em sala de aula, quando a Maçonaria mantinha uma escola de Ensino Médio (Colégio Benjamin Sodré). Convivemos muitas vezes em diferentes momentos. Mantivemos uma relação de amizade proveitosa. Pena que muitos dos nossos amigos estejam indo para o Plano Superior. Que ele descanse em paz.

Gilmar Teixeira - Cadeira 8. De Feira de Santana) - Prezado Galdino: Acordei hoje muito triste aqui com a notícia da morte de Janinho. Muito lamentável. Caso vá fazer uma matéria sobre o amigo e confrade, e como estou em Feira de Santana e não posso estar aí pra prestar minha última homenagem, quero que você faça um favor, o de me incluir nas homenagens a serem feitas pois o Janinho era um amigo meu de infância até os dias atuais. Meus sentimentos a todos os familiares e amigos dele que são muitos e muitas lembranças boas que ficam eternizados na nossa vida.

De Luiz Ruben - Cadeira 33 e Ângela. Do Recife) - Amigos, ficamos chocados com a notícia aqui no nosso grupo, do falecimento de Janinho. Era amigo de longa data de Ângela, ainda nos tempos de juventude, quando moravam na Rua I e no Capuxu. Naqueles tempos era amigo de toda família dela e depois nos tornamos amigos também. Trabalhamos juntos no governo José Ivaldo.

Deus dará forças à família, esposa e filhos e a todos os amigos. Estamos tristes. Como fez o Jacques, peço aos colegas de Academia que levem à família nossas condolências e sentimentos de solidariedade nesse momento que é tão difícil. Que Deus reserve um bom lugar para ele.

Virgílio Agra Cadeira 35 - De Maceió) - Janinho era um símbolo da geração dos pioneiros nativos. Não foi daqueles que nasceram fora e vieram para Paulo Afonso, sua condição de pioneiro se dá pelo fato de ter vivido sua infância no nascedouro dessa terra, ter crescido com ela, ser parte dela.

Certo dia, conheci uma pessoa que tem ligações familiares com Paulo Afonso que ao saber que eu havia morado lá, me perguntou quem eu conhecia. O primeiro nome que me veio a cabeça foi o de Janinho e a resposta foi automática.

- Quem é que mora em Paulo Afonso que não conhece Janinho?

Janinho era assim, uma figura enorme, querida e que, quando a gente menos esperava, já ocupava um lugar no nosso coração. Hoje vou dormir com um vazio no peito. É a falta do meu amigo.

Em se tratando de Jânio

Nós nos referimos ao passamento prematuro e inesperado de Jânio Soares. Foi-se o nosso Jânio. E, de longe, em recuperação de um procedimento médico, lamentamos.

Logo cedo, a notícia: perdemos o Jânio filho e descendente de pioneiros que foram parte importante para a criação do nosso parque elétrico e para a sedimentação da cidade.

E perdemos o dia, ruído negativo para a citada recuperação. Como em relação a qualquer concidadão, pioneiro, colega ou amigo, perdemos o dia que será consumido em lembranças tristes recorrentes de um Jânio que nos soube ser agradável, tolerante e simpático.

Mas vamos confidenciar que a perda foi maior pelo Jânio ex-aluno do Benjamim Sodré que sempre nos recebeu, na condição de secretário municipal, com um sorriso aberto, embora maroto, de quem sabe compor e tolerar, nos tratando pelo nome no diminutivo.

Feliz o gestor que tem um Jânio a quem entregar um setor, talvez complexo e problemático, e poder se concentrar em tarefas mais abrangentes.

Primeiro dia de aula e a chamada – que deve ser respondida: começando na letra A, chegamos à J. E lá estava escrito o nome Juscelino. Página seguinte, o nome Jânio. Na sequência, ou na página próxima, automaticamente, sem olhar para a página, chamei o nome João Goulart. Alguns sorrisos tênues de quem entendeu e uma amizade e uma consideração que duraram até hoje.

Outrossim, a Academia de Letras de Paulo Afonso perde um dos seus imortais. Os colegas da ALPA estiveram presentes em grupo na cerimônia pública de despedida de Jânio.

De longe, presente em espírito e em essência, com o grupo a minha parte no lamento geral que deve, a esta hora, estar comovendo toda Paulo Afonso.

Francisco Nery Júnior (de Salvador/BA) - Cadeira 18

De repente, sem você...

De repente

De repente o celular tocou insistentemente no dia 13.12.2021.

De repente ouço a pergunta do outro lado:

- Isso procede?

De repente fui ler o que me enviaram, porque mais que de repente você se foi .

De repente, começo a ter a consciência do ocorrido...

- Jânio Soares, o nosso Janinho faleceu!

De repente me lembrei de nossas conversas e risadas...

Dias atrás, há pouco tempo, de boas lembranças e de decisões a serem tomadas.

De repente compreendi que tudo foi tão rápido e de repente percebi que queria ver você, sereno, de fala mansa, sorriso sempre nos lábios e um jeito próprio de ser!

De repente senti como será difícil não te ter por perto...

Gorette Moreira - Cadeira 19

Hoje cala-se um livro de nossa história

“O que fica é a marca do sorriso, sempre pronto prá alegrar nossos dias, era em sua essência um menino brincalhão, parecia que nunca estava em dificuldades diante dos trabalhos que surgiam aos montes, driblava todos com maestria e competência.

Aquele garoto que sempre tinha um apelido carinhoso para nos identificar, trazia em sua alma um misto de bondade, de carinho e lealdade.

Hoje cala-se um livro de nossa história, tingindo as páginas de nossa escrita com a tinta da saudade. Nossa literatura perde um dos mais expressivos contistas de nossa geração. Há uma tristeza generalizada na cidade.

Eu amanheci extremamente triste com a notícia da perda desse garoto que agora nos deixa com uma fita preta do luto estampada no coração.

A bandeira a meio mastro tremula sacudindo as dores deixadas pelas saudades dos que viram teus últimos sorrisos.

Vai meu garoto sorridente, vai cumprir a outra etapa da vida que é seguir um caminho que imaginamos ser o caminho da paz eterna. Vai com Deus.

Eu fico aqui sentindo saudades tua, lembrando teu sorriso eterno, tuas brincadeiras sadias, teus apelidos carinhosos.

Jesus conforte tua família, acolha tua chegada no jardim florido da vida...”

João de Sousa Lima - Cadeira 06