A reunião foi em um ambiente privado. Foi em uma lanchonete. Membros da ALPA, Academia de Letras de Paulo Afonso, se reuniram em congraçamento. Nas palavras de Rubem Alves, o que vale a pena, o mais agradável, sutil e cheio de gáudio, são esses momentos por assim dizer espontâneos. Eles são mais da alma, do âmago de nós animais racionais. São um privilégio do homem corolário da criação. Estou lendo uma condensação de crônicas do autor e estou a me deliciar. Em outras palavras, estou aprendendo; bebendo na fonte. 

Os imortais, descontraídos, se confraternizaram. De nota, a presença de Edson Mendes, membro correspondente acabado de chegar do Recife dos pernambucanos. Veio com uma mochila nas costas, o que pode autorizar a conclusão que havia acabado de chegar. Precisou de um escoteiro para localizar o endereço. 

Edson vai me desculpar, diria data vênia inspirado na presença do causídico Isaque, mas a sua citação acontece por força de ele ter trazido a reboque um casal próprio de Paulo Afonso. Com próprio quero dizer um casal fundamental, como muitos outros, na formação da cidade. Tratamos de Nazaré do Colepa e de Abílio do Banco do Brasil. Com ela, lidamos com bravos alunos que hoje temos como amigos, com quem temos um prazer enorme de falar e às vezes interagir, de rememorar e, [com] ele, amigo facilitador dos tempos passados do Banco do Brasil de Edson e de Abílio. Várias as orientações nas nossas transações no banco. 

Devidamente desculpado por Edson, agora o sopro na ferida. A presença de Nazaré e Abílio – eles já são bisavós de um bisneto de seis anos – foi a sua melhor contribuição para o encontro. Alguém já afirmou que as nações bem sucedidas são aquelas que consideram os seus anciãos, despojado o termo do caráter discriminatório. Ademais, em nos fazendo como crianças, de nós será o Reino dos Céus. 

Então, viva a ALPA e vivam os amigos dos tempos pioneiros memoráveis; dos primórdios de Paulo Afonso. 

Francisco Nery Júnior