O MISTÉRIO DO CONCLAVE: Entre o Visível e o Invisível
Mauro Falcão, escritor brasileiro
Enquanto o mundo aguarda, com olhos fixos na fumaça que se eleva da Capela Sistina, as tensões do nosso tempo revelam sua complexidade. Guerras rasgam fronteiras, conflitos ideológicos dividem nações, e uma batalha silenciosa se trava nas mentes e corações. Nesta era em que o poder se exerce tanto pelas armas quanto pelas narrativas, a escolha de um novo Papa transcende em muito o âmbito religioso.
O que está em jogo não é apenas a liderança da Igreja, mas o posicionamento de uma voz moral num mundo em convulsão. O Pontífice que emergir deste Conclave será, inevitavelmente, uma peça no tabuleiro geopolítico global. Mas há aqui uma dimensão mais profunda: por trás dos cálculos humanos e das manobras políticas, opera uma lógica que escapa às análises superficiais.
Os cardeais deliberam em liberdade, é verdade. Porém, quando se trata de guiar mais de 1,4 bilhão de almas e influenciar o curso da história, seu arbítrio encontra fronteiras invisíveis. A Providência Divina não dirige o processo como um jogador que move peças no xadrez, mas como um artista que permite à tela revelar sua própria verdade. As pressões da Cúria, as divisões teológicas, os interesses nacionais - tudo isso é real, mas não esgota o mistério do Conclave.
E assim chegamos à questão fundamental: qual voz surgirá desta eleição? Um pastor que buscará a neutralidade política, ou um profeta que ousará falar em nome dos sem voz? A diferença é crucial. A neutralidade autêntica pode construir pontes; mas a neutralidade por omissão torna-se cumplice da injustiça.
A história nos ensina lições paradoxais. Às vezes, um Papa aparentemente desinspirador acaba por despertar forças de renovação onde menos se esperava. A mediocridade no poder pode, ironicamente, estimular a santidade nas bases. Isso porque o verdadeiro mal raramente se apresenta como vilania explícita - mostra-se antes na complacência com o intolerável, na adaptação ao injusto.
Este é o momento decisivo. Se os cardeais escolherem alguém que encarne radicalmente o Evangelho - com sua opção preferencial pelos pobres, sua coragem profética, sua capacidade de ouvir além dos muros eclesiásticos - poderemos presenciar o despertar de uma nova era espiritual da humanidade. O verdadeiro poder do Pontífice não está em seu cargo, mas em sua capacidade de tocar consciências e oferecer um antídoto ao veneno moral do nosso tempo. Mas se prevalecer o cálculo político sobre a vocação pastoral, assistiremos ao definhamento de uma voz que o mundo, hoje mais do que nunca, precisa ouvir.
Quando a fumaça branca finalmente subir, não estaremos apenas testemunhando uma mudança de governo. Estaremos diante de uma escolha que ecoará através das gerações: entre o silêncio cúmplice e a palavra corajosa, entre o jogo político e o chamado moral. Que os cardeais lembrem: não estão escolhendo apenas um administrador, mas um farol para a humanidade perdida em seus próprios labirintos.
Essas críticas vazias, anacrônicas e lunáticas ao comunismo são, na verdade, uma cortina de fumaça para se rechaçar qualquer ideia referente a direitos universais, ao respeito a diversidade e a defesa da igualdade, garantias básicas de uma cidadania liberal. Jesus está com quem luta para criar um mundo com mais amor e justiça, com os defensores dos direitos dos excluídos e dos marginalizados, com os construtores da paz e da reconciliação, e isso o santoPapa Francisco fez e deu de goleada.
QUE VENHA UM NOVO PAPA VOLTADO PARA O VERDADEIRO ESPÍRITO CRISTÃO PREGANDO A PAZ TÃO NECESSÁRIA E LEMBRANDO QUE É UM LIDER DA IGREJA CATÓLICA CORRIGINDO ALGUMAS MAZELAS DA IGREJA E FAZENDO UM BOM COMBATE SEM APOIO AOS COMUNISTAS UM DOS MALES DA HUMANIDADE.