Nunca foi diferente: trabalhar – que é salutar -, poupar e investir. É o que tem dado certo. Pelos séculos dos séculos. Saecula saeculorum, nos lembraria Pamplona. A menos que nos liguemos, mancomunemos e concordemos com os parasitas.
Maná dos céus, coluna de fogo a proteger o povo, codornizes lá e cá até a entrada em Canaã. “Agora, vocês vão trabalhar”, bradou a voz suprema do bom senso. Bradou, através de Moisés, o Deus amoroso e sábio. Deus sabia o que estava fazendo – para o nosso bem.
Mas, “se compro na feira feijão, rapadura, pra que trabalhar?”. Sem se amofinar, viola a tiracolo, cantar. Cantar como a cigarra cantou – e entrou pelo cano.
Os pedreiros, os que conheço em Paulo Afonso e Salvador, se queixam da falta de ajudantes. Uma carroça de burro para contratarmos e ajudar a Prefeitura na limpeza da nossa rua, começa a ser coisa do passado. Feijão e rapadura benevolentemente cedidos, pra que trabalhar?
A mais nova: vinte (20) bilhões de reais em bolsa não sei o quê para estimular os jovens valorosos a frequentar o ensino médio. Mais vinte bilhões a serem acrescentados à Dívida Pública de mais de seis trilhões de reais que nós outros teremos que trabalhar, suar e pagar.
E vamos penando a contemplar a boiada em direção ao precipício...