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Professor Nery

Memórias de Paulo Afonso de 63 anos

Publicada em 29/07/21 às 13:32h - 1311 visualizações

Francisco Nery Júnior


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Memórias de Paulo Afonso de 63 anos
 (Foto: Foto da capa: João Tavares. Outras fotos: Acervo Antônio Galdino)

Escrevemos para os pesquisadores do futuro. O que escrevemos será cuidadosamente folheado pelos pesquisadores da História de Paulo Afonso. Pongando em matéria de Aníbal Alves, publicada pela Folha Sertaneja, uma espécie de adendo com a sua licença. 


Ele cita a professora Noêmia que era, no Ciepa, uma diretora de todos os professores e de todos os alunos, sem jogo nem hipocrisias. E fala de Gilberto Leal. Como locutor dos Jogos Olímpicos Estudantis no campo onde hoje está o IFBA, Gilberto cruzou as mãos para trás. Microfone na mão direita, ligado. Um engenheiro gaiato do SPOM, um tal de Hélio se não me engano, observou: “Tire essa mão daí, Gilberto”. Hélio temia um estrondo anormal nos alto-falantes que certamente assustaria todo mundo.


Caveira - Campeão do ano de 1978


Aníbal fala do Caveira, time de futebol que, se eu fosse alguma coisa na Prefeitura, buscaria ressuscitar. Esporte é fundamental principalmente para ocupar e incentivar os nossos jovens. Fala também dos shows de Alonso Maciel e da distribuição de cestas básicas provando que Alonso, além de pioneiro, era visionário. 


De Abel Barbosa, também citado, nem se fala. Vi, algumas vezes, ele no seu fusquinha, azul salvo engano, à noite após o expediente, inspecionando obras da cidade. Num fusquinha velho sem pompa nem motorista pago com o dinheiro do contribuinte para lhe abrir a porta. 


Lembra Dom Mário, o nosso antes Padre Mário, e seu velho e sujo fusca azul que não havia tempo a perder com lava-jato. Para esses pioneiros de Paulo Afonso, não havia necessidade de nenhuma operação Lava-Jato. 


Tenente Iran, sério como carecia ser, e Pombinha, o sempre aberto e alegre Pombinha. Foram eles que encontraram o meu fusquinha branco que havia sido roubado na noite anterior. Saiu uma “gorjeta” para o pessoal. E pombinha disparou para Dona Socorro, sua esposa, então meus nobres vizinhos: “Foi o primeiro, Socorro”. 


Seu Chiquinho da Casa Matos veio a seguir. Casa fechada, deixada no passado, me confidenciou, agora convertido ao Evangelho de Jesus Cristo, o que publico com a certeza da sua aprovação póstuma: “Nada rapaz, foram os prazeres fúteis da vida”. Substituí um termo mais coloquial de Paulo Afonso por fúteis na citação. 


Dona Socorro Magalhães dava show de recepção na Sala de Visitantes. Numa das férias do engenheiro Soares, o doutor Frederico teve a temeridade de me colocar na chefia do Serviço de Hospedagem. Dona Socorro, esposa do então APA, professor Silva, me apresentava aos grandões da Chesf como o seu chefe. Meu protesto era em vão. Uma vez, lhe disse que gostaria de ter um capacete com o logotipo e nome da Chesf. Ela prontamente se virou e escolheu no armário ao lado um daqueles brancos, reservados para os engenheiros, e me deu. Está guardado com carinho até hoje. 



E seu Nicolson, também citado na matéria, me salvou de uma enroscada e de um prejuízo grande. Bati numa pedra (ainda não sabia que não se divide pedra na estrada) e fraturei a caixa de marcha do fusquinha. O diagnóstico da turma da Chavepe foi montar o carro numa carreta e levar para São Paulo para o conserto. Seu Nicolson não contou conversa: mandou levantar o carro no guindaste e lambuzou cola araldite entre as partes fraturadas. Fabricado em 1974, ainda hoje, julho de 2021, vejo o fusquinha salvo por seu Nicolson a rodar pelas ruas de Paulo Afonso atestando a competência de um dos nossos pioneiros e o valor do homem [e das mulheres] do Nordeste como os dois meninos do Maranhão e do Rio Grande do Norte que acabam de trazer para o Brasil, das Olimpíada de Tóquio, duas medalhas; uma de prata e uma de ouro! 


Francisco Nery Júnior



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