Deus nos concede, a cada um de nós, o dom da vida para compartilharmos com outros que estão à nossa volta e até bem distantes de nós, a convivência saudável, a prática do amor cristão, e vivermos a imensidão dos sonhos, às vezes bem elevados,

Sabemos todos que, para se chegar ao topo da montanha é preciso atravessar caminhos, veredas, desertos, obstáculos, terrenos inseguros, pouca luz ou sol inclemente. O topo da montanha é a nossa meta. De todos nós, porque ninguém, em sã consciência, quer perder as forças e exaurir-se pelo meio da caminhada.

É assim, sempre. E muitos, mesmo sem querer, por escolhas erradas ou por motivos que nem eles sabem explicar direito, ficam mesmo pelo meio do caminho...

Também é certo, lei natural da vida, que, à medida que se vive as maravilhosas peças com que Deus moldou o nosso corpo, à sua imagem e semelhança, vão se estragando, naturalmente ou mais rapidamente se delas não se cuida com o devido carinho.. porque, está escrito: “A duração da nossa vida é de setenta anos; e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, a medida deles é canseira e enfado; pois passa rapidamente, e nós voamos. (Bíblia Sagrada - Salmos 90:10)

Dia destes, depois de passar dias com estranhas queimações que até para os médicos pareciam ter origem gástrica e os eletros nada revelavam, fui levado, às pressas para o Recife porque os médicos sugeriram uma avaliação mais delicada da máquina que acabara de completar 75 anos...

Ao chegar na Emergência do Hospital Esperança, do Recife, de atendimento exemplar e muito eficiente, foi imediatamente constatada que quatro artérias e veias do coração estavam bem comprometidas e foi diagnosticado pela médica cardiologista, um infarto, o que me levou a hospitalização na UTI Coronária Humanizada (chamada humanizada porque permite a presença de um acompanhante durante as 24 horas do dia) e dali segui, na mesma tarde da sexta-feira dia 17 de fevereiro para um cateterismo e angioplastia e, imediatamente foram colocados Stents em 3 das veias comprometidas.

Alívio imediato. No dia 18 de fevereiro, dia em que o Jornal Folha Sertaneja completou 19 anos de vida, e eu, completando exatos 75 anos e um mês, dia também do aniversário da colega professora Jocelina Campos, já aliviado, esperava, confiante nas promessas do Senhor Jesus, a conclusão dos procedimentos necessários para voltar ao convívio de todos na terrinha onde cheguei em 20/11/1954 e que a Câmara Municipal dela me fez filho, em 7 de abril de 1993, há trinta anos...

Para a quarta veia, menos comprometedora do processo, foi programada a angioplastia para a quarta-feira, dia 22/02 mas optaram em fazer esse procedimento na terça-feira, dia 21/02, de manhã, cedo.

Permaneci na UTI Coronária até a quinta-feira, dia 23/02 quando fui transferido para o quarto do hospital e ali fiquei até o sábado, dia 25/02 quanto tive alta hospitalar. Optei em permanecer no Recife por mais alguns dias e na quarta-feira, 1º de março, retornei para casa, em Paulo Afonso-BA.

Ao me dar alta, o experiente médico Dr. Carlos Melo, meu cardiologista em Recife desde os delicados momentos vividos neste mesmo Hospital Esperança em 2015, sorriu quando um familiar disse que eu ainda cheguei a pegar na maçaneta do céu, e completou: - De fato, ele chegou aqui nos minutos de acréscimo do segundo tempo...

Por que resolvi relatar esse acontecimento de minha vida?

Porque, desde o momento em que deixei Paulo Afonso, (que continua carente desses atendimentos e, se não buscarmos socorro em outros centros certamente morreremos, como muitos já morreram), e desde que fui levado para o Recife, pela família, senti-me fortalecido pela rede imensa de orações de cristãos de todas as igrejas e denominações.

Sem acesso a telefone e redes sociais era informado, a todo instante por minha filha Fabiana da imensidão de mensagens que chegavam a todo instante.

Sou muitíssimo agradecido a todos e a cada um, conhecidos e anônimos, dos grupos de WhatsApp da ALPA, do COLEPA, e de outras centenas de contatos, todos com mensagens de fortalecimento para a família. Esse carinho, com certeza, apressa a cura, o restabelecimento do paciente, porque, não tenho nenhuma dúvida que A ORAÇÃO TEM PODER!.

Graças a esses cuidados dos médicos, Dr. Emanuel, endocrinologista (do CIM) e Dr. Ronald, cardiologista, (da POLICLÍNICA), ambos de Paulo Afonso e a agilidade da minha filha Fabiana ao me levar direto para a Emergência do Hospital Esperança, do Recife, estou aqui contando esta história a vocês que, como sabem, não gosto de falar na primeira pessoa. Mas agora, é importante...

Como diz a canção, “estou de volta pro meu aconchego...” e já que se falou em música, continuo tocando a caminhada, vida normal, como disse o médico, mas com menos esforço, menor carga... Assim, “ando devagar, porque já tive pressa e levo esse sorriso...” como diz poeticamente Almir Satter em sua canção Tocando em Frente...

Esse texto é para agradecer mais uma vez a Deus, por mais esse livramento e a cada um de vocês pelos cuidados, pelo carinho, pelas orações.

Que o Senhor os abençoe e guarde, desde agora e para sempre! 

Professor Antônio Galdino da Silva

Nascido em Zabelê (Monteiro)/PB

Cidadão de Paulo Afonso/BA