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Paisagens Sertanejas / Nordestinas

Neste sábado, 10 de maio, Escritor João de Sousa Lima toma posse como Conselheiro do Borborema Cangaço na cidade de Taperoá/Paraíba

Publicada em 09/05/25 às 23:59h - 93 visualizações

Antônio Galdino com texto de João de Sousa Lima


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Neste sábado, 10 de maio, Escritor João de Sousa Lima toma posse como Conselheiro do Borborema Cangaço na cidade de Taperoá/Paraíba
 (Foto: Do acervo de João de Sousa Lima)

Neste sábado, 10 de maio, Escritor João de Sousa Lima toma posse como Conselheiro do Borborema Cangaço na cidade de Taperoá/Paraíba

Antônio Galdino

Com texto de Histórias Sertanejas de João de Sousa Lima

Dia destes, João de Sousa Lima me enviou um convite pessoal e o replicou no grupo de WhatsApp da ALPA – Academia de Letras de Paulo Afonso, onde dizia:

“Tomarei posse como conselheiro do Borborema Cangaço que acontecerá em Taperoá no dia 10 de maio de 2025 e já deixo aqui o convite a todos”.

Não pude ir, por problemas de saúde – já passei dos 77 anos – mas resolvi deixar esse registro reapresentando as Histórias Sertanejas, espaço de João de Sousa Lima no Jornal Folha Sertaneja onde ele publicou essas narrativas até o ano de 2018, como essa história de sua família, contada por ele mesmo, logo abaixo:

Neste sábado, 10 de maio, o historiador e escritor João de Sousa Lima, nascido em São José do Egito/PE, em 20/12/1964 e Cidadão de Paulo Afonso/BA, onde chegou quando tinha apenas 9 anos de idade. Também já recebeu o título de Cidadão de Piranhas/AL e menções honrosas de vários municípios nordestinos. Se houver necessidade diz um colega da ALPA, João, que vive palestrando pelo Nordeste e outros lugares sobre o ciclo do cangaço, sobre o que já escreveu 10 livros depois de intensas pesquisas bem fundamentadas, nessas viagens leva uma mala de roupas e outra só com os diplomas, diz o colega brincalhão e ainda lembrou do ex-Vereador Metódio Magalhães que também tinha muitos diplomas.

A brincadeira, no entanto, não deixa de ser um reconhecimento e um elogio ao colega da Academia de Letras de Paulo Afonso, onde já foi vice-presidente, em face da qualidade e elevado nível de pesquisa que João de Sousa Lima tem feito sobre esse instigante tema e ele tem sido procurado por emissoras de Televisão, pesquisadores renomados e documentaristas.

Agora, João de Sousa me convida para rever uma terra paraibana dos meus primeiros anos de vida, Taperoá, onde nasceu meu avô Seu Marçal, sua esposa Lupicínia e minha mãe, Severina e seus irmãos. Em Taperoá, morou por toda a vida que durou 106 anos, o meu tio-avô, conhecido como Luiz Gato e outros parentes. 

Deixei Taperoá com 6 anos e 10 meses com meus pais João Galdino, filho de Manoel Baltazar, de Zabelê/PB, sua esposa Severina e meu irmão José com 4 pra 5 anos (todos de saudosa memória) com destino a Paulo Afonso-BA onde meu pai queria, como conseguiu, trabalhar na obra de construção da primeira Usina Hidrelétrica da Chesf.

Chegamos no Povoado Forquilha/Vila Poty, que depois se transformou na cidade e município de Paulo Afonso e hoje tem 120 mil habitantes, no começo da tarde do dia 20 de novembro de 1954. Continuo em Paulo Afonso, onde estão sepultados meus pais, onde moro há mais de 70 anos.

Também trabalhei na Chesf, então empresa estatal, por mais de 36 anos. Ao longo das atividades administrativas, formei-me como Professor e também atuei no Colégio Paulo Afonso, da Chesf e outros Colégios particulares e do Estado da Bahia outras dezenas de ano.

Aposentado hoje, também fui fundador da Academia de Letras, nascida em 20/11/2005 e de que fui presidente por cinco anos e meio. Sou escritor de dez livros, sobre a cidade, a região e personalidades do município e mantenho esse site e o Jornal Folha Sertaneja há mais de 21 anos de que, João de Sousa Lima, já publicou suas Histórias Sertanejas.

Hoje, parabenizando o confrade João de Sousa Lima por mais essa comenda que ele recebe, em Taperoá, de Ariano Suassuna e outros ilustres, mas também da minha humilde família por parte de minha mãe, apresento neste site uma lembrança de sua Página Histórias Sertanejas, com a história de sua própria família.  

Histórias Sertanejas, por João de Sousa Lima

 PARA ENTENDER UM POUCO DA HISTÓRIA DA FAMÍLIA PIANCÓ E BATISTA:

JOÃO DE SOUSA LIMA: DESCENDENTE DAS FAMÍLIAS PIANCÓ E BATISTA

Sou João de Sousa Lima, descendente pelo lado paterno, da família Piancó, fundadores da cidade de Itapetim, Pernambuco e pelo lado materno sou descendente da família Batista, os mesmos Batistas de onde se originou o cangaceiro Antônio Silvino.

A linhagem pernambucana começou com a migração dos quatro irmãos: Antônio José de Lima, Serafim José de Lima (meu avô), Joaquim José de Lima e Maria  José de Lima (Lilia), filhos de José do Rego Lima e Alexandrina Maria da Conceição, que vieram da cidade Piancó, vale da Paraíba e fixaram residência nas terras da Maniçoba, Recanto e Mulungú, município de São Jose do Egito, isso em meados de 1877, fundando a cidade de Itapetim.

Da família Piancó originou-se as famílias: Lima, Inácio, Arcanjo, Vicente, Ferreira, Alexandre, Leite, Sousa, Vital, Santos, Costa, Carneiro, dentre outras.

A maniçoba e todas as terras adquiridas pelos “Piancós” se tornaram uma região próspera, rica e com plantios abundantes.

Serafim Piancó tornou-se um forte produtor de algodão, feijão, milho e rapadura. Seu filho Raimundo José de Lima é o meu pai. Quando ele conheceu minha mãe Rosália de Sousa Lima estava junto do primo Odon Piancó e haviam ido à fazenda Bom Sucesso, de propriedade de  Antônio Delfino, que era avô de Odon. Foram ao sitio realizar uma  limpeza em uma caldeira (vapor) que fazia parte das engrenagens de um engenho de moer cana de açúcar; Nesse dia papai viu mamãe pela primeira vez e saiu de lá fascinado pela beleza da jovem e durante todo o percurso da volta, papai repetiu o nome Rosália, pronunciando sem o som do acento.

Meu avô materno, Pedro Batista, era um vaqueiro afamado e era primo legitimo do cangaceiro Antônio Silvino e chegou a andar uns tempos com ele no cangaço. A família de Pedro Batista compreendia a região de Monteiro, Sumé, Amparo, Santa Terezinha e residiram nas Bananeiras, Riacho do Cariri e Olho D’água dos caboclos.

Meu avô Pedro Batista casou com Olímpia de Sousa Lima (filha de Tributino de Sousa Lima e Amara Maria da Conceição), que residiam em Sumé (São Thomé). Quando casaram vieram morar no sítio Bananeiras onde nasceram os filhos Maria das Neves, José Batista de Sousa (Dedé), Rosália de Sousa Lima (minha mãe), Francisco Batista de Sousa, Manuel Batista de Sousa (Nezinho), Luiz Batista de Sousa, Sebastiana de Sousa (Sebinha), e Rita Batista de Sousa.

Recentemente fiquei sabendo através do meu tio Luiz Batista, que ainda estava viva uma irmã do meu avô Pedro Batista, ela se chama Antônia Batista, tem 102 anos e reside no Riacho do Cariri.

Dia 04 de janeiro de 2016, eu e tio Luiz Batista de Sousa nos dirigimos para o Riacho do Cariri e Olho D’água dos Caboclos, pertencente a Amparo, Paraíba, para conhecermos essa tia-avó Antônia Batista.

Depois Pedro Batista e Olímpia saíram das Bananeiras e a convite do cunhado Etelvino de Sousa e foram residir no Riacho do Cariri.

Maria (Biinha), Rosália e Francisco nasceram nas Bananeiras e o restante dos filhos nasceu no Riacho do Cariri.

No Riacho do Cariri Pedro batista trabalhou como vaqueiro de Amaro Caboclo e na casa de Amaro Caboclo foi onde aconteceram as festas de casamentos de tia Biinha com um filho adotivo de Amaro, chamado Inácio Augusto do Nascimento e de Mamãe com Raimundo Piancó.

Antônia era a irmã querida de Pedro Batista e um jovem chamado Batista carregou Antônia dizendo aos pais dela que a carregava e não casava; Quando Pedro chegou em casa vindo do trabalho de campo trajado de vaqueiro, encontrou os pais chorando e quando perguntou o que tinha acontecido os pais contaram do rapto a moça; Pedro foi em Sumé e pegou o padre Silva, contou tudo ao padre e o chamou para ir realizar o casamento.

Pedro e o padre Silva chegaram a casa de Batista e o aguardaram chegar. Quando Batista foi chegando e viu Pedro todo trajado com gibão e perneira de vaqueiro foi logo perguntando:

- Pedro o que você tá fazendo aqui? Você veio buscar Antônia?

- Não!  Vim pra você casar!

O padre vendo que a situação poderia se complicar, pois conhecia bem a valentia de Pedro, se dirigiu a Batista, pegou no braço dele e disse:

- Venha meu filho, venha casar!

O padre Silva realizou o casamento e Pedro  retornou pra casa onde contou aos pais a história e a novidade.

Pedro e o cunhado Batista se tornaram grandes amigos.

Rosália e tia Biinha trabalhavam na casa de Antônia e Batista. Rosália lavava as roupas e Biinha tomava conta da cozinha. Antônia além de tia era madrinha de Rosália.

Tempos depois Pedro Batista foi ser vaqueiro de Serafim Piancó e Raimundo Piancó (meu pai) começou a namorar com Rosália. A amiga Albertina foi quem falou de papai para mamãe.

Serafim não queria o namoro entre Raimundo e Rosália porque Rosália vinha de uma família pobre.

Por essa confusão envolvendo os filhos Serafim acabou demitindo Pedro Batista e o expulsando de suas terras. Nessa época Pedro já se encontrava viúvo, pois Olímpia fazia pouco tempo que tinha falecido.

Amaro Caboclo acolheu Pedro e a família na fazenda Riacho Verde.

Mesmo com a distância Raimundo continuou o namoro com Rosália e era sempre bem atendido por Pedro Batista quando visitava a namorada na fazenda Riacho Verde. O namoro era escondido de Serafim e quando ele descobriu expulsou o filho de casa que foi morar com o irmão João e sua esposa Conceição que residiam em uma casa próximo de Serafim. Serafim também não falava com Conceição.

Raimundo e Rosália se casaram na igreja de São Vicente com o padre João Leite e a festa aconteceu no casarão de Amaro Caboclo e três meses depois Maria (Biinha) também se casou com Inacinho e a festa foi nessa mesma casa.

Raimundo trouxe Rosália para morar na casa de Conceição e arrumou emprego de motorista com Inácio Mariano, em São José do Egito. Depois foi trabalhar nas empresas de “descaroçadeiras” de algodão de propriedade de Walfredo Siqueira.

Essa é uma grande história, a história de minha descendência e de um grande amor entre meus pais e essa história se perpetuou e se perpetuará por anos e anos após nossas partidas.




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3 comentários


Luma Hollanda

10/05/2025 - 05:41:27

O contador de historias, tem memórias pra mais de mil...Parabéns meu amigo. Você merece todas as homenagens!Beijos no coração...


José de pinho lima

10/05/2025 - 04:54:49

História linda e resquícios do Pajeú..contando fatos reais do cangaço e das famílias ilustre do sertão Pernambucano e paraibano e demais estado do Brasil..um abraço João de Sousa lima..


José de pinho lima

10/05/2025 - 04:54:12

História linda e resquícios do Pajeú..contando fatos reais do cangaço e das famílias ilustre do sertão Pernambucano e paraibano e demais estado do Brasil..um abraço João de Sousa lima..


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