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Professor Antônio Galdino

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Gilmar Teixeira - Proseando

"Antônio Galdino, o escritor que chegou ao céu"

Publicada em 09/10/25 às 10:32h - 170 visualizações

Autor: Gilmar Teixeira


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 (Foto: Jornal Folha Sertaneja Online)
Imagino Antônio Galdino entrando no céu.
Sem alarde, com aquele jeito sereno de quem sempre observou o mundo mais com o coração do que com os olhos. Caminha devagar, como quem chega numa redação nova, curioso com o ambiente, atento aos detalhes — e alguém, lá dentro, não resiste à curiosidade e pergunta:
— Você ainda tá vivo, Galdino?
E ele, com aquele sorriso tranquilo que sempre carregou, responde:
— E quem foi que nasceu pra não morrer?

A resposta, dita com simplicidade, tem o peso leve das verdades eternas. Porque quem escreve como Galdino, quem viveu a palavra com tanta entrega, nunca morre de verdade. Fica. Espalhado nas linhas, nas histórias, nas memórias de um povo que aprendeu a se reconhecer em suas crônicas, em suas reportagens, em sua paixão por Paulo Afonso.

Um escritor, ele dizia, não precisa ser triste.
E Antônio Galdino não era.
Era um visionário de alegrias, desses que encontravam poesia na rotina, beleza na simplicidade, grandeza nas pequenas coisas. Sua arte se confundia com o dia a dia, com o cheiro da terra, com o som das águas do São Francisco, com o burburinho das ruas da cidade que tanto amou.

Difícil saber onde terminava o homem e começava o poeta. Talvez nem houvesse fronteira — o jornalista e o cronista caminhavam juntos, um registrando o fato, o outro interpretando a alma do acontecimento.

E lá no céu, certamente há um espaço reservado aos que escreveram com o coração.
Uma redação luminosa, onde os anjos revisam textos e o tempo não tem prazo de entrega.

Antônio Galdino senta-se à mesa, pega o papel e a caneta — porque o escritor vive escrevendo, morre escrevendo, e até quando dorme, sonha escrevendo.
Um olho aberto e outro fechado,
uma folha em branco e uma história esperando nascer.

Assim vai vivendo,
assim segue andando,
meio acordado, meio sonhando.

E lá de cima, entre nuvens e estrelas, Galdino continua a escrever sobre nós — os que ainda estamos por aqui, tentando aprender, com ele, que a vida, mesmo quando termina, continua sendo uma bela crônica.

...

Instagram: @jornalfolhasertaneja.oficial



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