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ESTANTE DA FOLHA - ESCRITORES SANFRANCISCANOS

A ESTANTE CULTURAL DA FOLHA apresenta ESCRITOR LUIZ RUBEN – Um olho nas ferrovias e outro no cangaço

Publicada em 23/07/25 às 12:01h - 553 visualizações

Antônio Galdino com informações do escritor Luiz Ruben


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A ESTANTE CULTURAL DA FOLHA  apresenta ESCRITOR LUIZ RUBEN – Um olho nas ferrovias e outro no cangaço
 (Foto: Divulgação Luiz Rubem)

A ESTANTE CULTURAL DA FOLHA

apresenta

Escritor LUIZ RUBEN

um olho nas ferrovias e outro no cangaço

GENTE DA ALPA

Por Antônio Galdino

O tema cangaço, um ciclo de violência que invadiu o Nordeste do Brasil por dezenas de anos, tem merecido estudos riquíssimos de renomados escritores, tem sido tema de teses de mestrado e de doutorado até em outros países. O assunto tem merecido também constantes produções de documentários, gerou muitos filmes, novelas e minisséries e centenas de livros.

Alguns dos escritores se apegam a pesquisas e descobertas em lugares por onde os bandoleiros de Lampião e de outros líderes do cangaço passaram e fizeram história. Outros se deixam levar pela imaginação, fantasia e até abusam da licença poética e criam situações em suas ficções que levam os que estudam a sério essa situação à inquietação e assombro. Outros, têm se dedicado à pesquisa na imprensa da época que narravam essa caminhada de cangaceiros pelas brenhas do sertão nordestino, alternando ações que assustaram o Brasil daqueles tempos.

Este é o caso do economista, turismólogo e escritor Luiz Ruben Alcântara Bonfim, recifense, morador e cidadão de Paulo Afonso que já escreveu mais de duas dezenas de livros sobre esse tema que continua despertando o interesse de muita gente.

Ele também dedicou boa parte de sua vida pesquisando as estradas de ferro e já publicou dois livros sobre a Estrada de Ferro Paulo Afonso, também conhecida com Estrada de Ferro Piranhas (AL)-Jatobá(PE). Também escreveu sobre a Cachoeira de Paulo Afonso.

Nessa nossa ESTANTE CULTURAL da Folha Sertaneja, vamos conhecer um pouco mais esse escritor Luiz Ruben e um pouco de suas obras, inclusive o seu livro mais recente que trata de Lampião e o jornalismo do ano de 1935.

Para mais e melhor estudar o ciclo do cangaço no Nordeste brasileiro nasceu, há 16 anos, o CARIRI CANGAÇO que reúne centenas de interessados no tema, pesquisadores, estudiosos do assunto e até curiosos em aprender mais sobre esse assunto polêmico ainda nos dias de hoje.

O último livro de Luiz Ruben, Lampião os seus perseguidores e o jornalismo desvirtuado – 1935,  estará sendo lançado no CARIRI CANGAÇO, que será realizado em Piranhas-AL, nos dias 25 a 28 de julho de 2025, como apoio da gestão municipal de Piranhas/AL e da Academia Pinhanhense de Letras e Artes - APLA, que tem como presidente Jacqueline Rodrigues.

Apresentamos então o nosso entrevistado da ESTANTE CULTURAL DA FOLHA SERTANEJA.

 

Luiz Ruben Ferreira de Alcântara Bonfim

Nasceu na cidade do Recife/PE em 05 de setembro de 1954, filho de Ruben de Alcântara Bonfim e de Lindinalva Ferreira Bonfim.

Casado, formado em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE (1982), pós-graduado em Turismo e Desenvolvimento Sustentável pela Universidade do Estado da Bahia UNEB (2004), Economista, turismólogo, pesquisador e escritor.

Além do tema cangaço, para o que tem dedicado muito tempo de sua pesquisa, Luiz Ruben também o olhar voltado para as estradas de ferro e para fatos históricos regionais como a visita do Imperador D. Pedro II que resultou no seu livro O Bronze do Imperador e a Cachoeira de Paulo Afonso.

A sua contribuição ao aprofundamento de estudos sobre o tema cangaço em sua extensa bibliografia, tem sido compartilhada nas várias Academias e Grupos de Estudos de que é membro como:

ALPA – Academia de Letras de Paulo Afonso onde ocupa a cadeira Nº 33, Patrono: José de Alencar; ABLAC – Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço, cadeira Nº 3, Patrono: Ariano Suassuna; SBEC – Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço; GPEC – Grupo Paraibano de Estudos do Cangaço; Cofundador do GECAPE – Grupo de Estudos do Cangaço de Pernambuco e é Membro do Conselho Consultivo do Cariri Cangaço.

Constante colaborador na área cultural do município de Paulo Afonso, tendo implantado o projeto cultural com Jotalunas (poeta local): Na Mala do Poeta tem Poesia de todo Jeito.

Luiz Ruben é pesquisador dos temas ferrovia e cangaço, tendo publicado em 2001 o livro Estrada de Ferro Paulo Afonso 1882-1964 e em 2002, Estrada de Ferro Central de Pernambuco.

Além da ampla bibliografia do autor, ele desenvolveu algumas ações sobre o tema e escreveu artigos e textos publicados na Revista da ALPA.

Foi o coordenador da reconstrução da Casa de Maria Bonita, realizada pela Prefeitura Municipal de Paulo Afonso e inaugurada em 2006, quando atuava na administração municipal, ficando responsável pela pesquisa histórica, assessoria e fiscalização de todo processo de reconstrução da casa, equipamentos e contribuindo com o que denominou “Roteiro do Cangaço – Uma contribuição para o Turismo Rural em Paulo Afonso-BA”.

O escritor Luiz Ruben fala sobre o nome Maria Bonita em um artigo onde mostra, baseado numa pesquisa cuidadosa na imprensa de todo país, o momento a partir do qual essa alcunha (que já existia para denominar outras personagens e situações), passa a denominar a mulher de Lampião.

Sobre Quem é o “cangaceiro não conhecido”, ele fala – “Ao longo desse processo de busca, pesquisa e muita leitura sobre cangaço fiz uma “descoberta”, ao conseguir identificar o cangaceiro que sempre era mostrado em fotos como “não conhecido”.

Ele fala sobre “Percepções de um Pesquisador do tema Cangaço”. (publicado no livro Lampião, Cangaço e Coronelismo organizado pelo pesquisador Adriano de Carvalho Duarte e como homenagem e agradecimento, no final do livro apresento uma relação de autores que citaram meus livros em seus trabalhos.

Curador das exposições no Memorial Delmiro Gouveia em Delmiro Gouveia/AL sobre os temas: 1 - Estrada de Ferro Paulo Afonso2 – Lampeão3 - Padre Cícero4 - Delmiro Gouveia.

O escritor já realizou as exposições itinerantes: - 90 Anos da Passagem da Coluna Prestes na Bahia- Canudos- Construção da Estrada de Ferro Paulo Afonso - (fotos: Francisco Ignácio Mendo) e - Lampião e seus Cangaceiros

E possui uma ampla bibliografia sobre o tema cangaço, como veremos a seguir:

Luiz Ruben e a esposa Ângela

Luiz Ruben e o tema Cangaço

Pesquiso há mais de duas décadas sobre o cangaço lampiônico, principalmente o que a imprensa divulgou nos jornais de todo país e em outros documentos da época, seja nos Boletins da Polícia Militar da Bahia e de Pernambuco, Institutos Históricos e Arquivos Públicos de vários estados, relatórios, revistas, enfim tudo que foi divulgado ao tempo dos acontecimentos.

Embora a imprensa não fizesse investigação local, era muito comum se publicar os telegramas e as cartas enviadas à redação por vítimas e autoridades dos locais das ações de Lampião e seus grupos de cangaceiros em suas localidades, descrevendo os fatos ocorridos. Também era comum os repórteres dos jornais baianos abordarem os passageiros dos trens que chegavam do interior do estado na Estação Ferroviária da Calçada em Salvador.

Esse trabalho tem sido apresentado em livros, mostrando períodos distintos da atuação de Lampião e seu bando.

No livro Lampeão e os Governadores, lançado em 2005, (meu primeiro sobre o tema cangaço) apresento a transcrição de documentos oficiais: relatórios, mensagens, falas e exposições, para mostrar como os estados tratavam a luta contra o banditismo. Abrange a década de 20 do século passado, alcançando já a atuação de Lampião.

O livro Lampeão Antes de ser Capitão, lançado em 2016 aborda o período inicial de suas atividades como cangaceiro, de 1920 até fevereiro de 1926.

Logo após, no mesmo ano de 2016, lancei o livro Lampeão em 1926, que apresenta a atuação de seu bando até final de dezembro desse ano.

O livro, Lampeão em 1927 – A Marcha dos Bandidos tem início em janeiro de 1927 e vai até setembro de 1928, portanto, até um mês após a entrada de Lampião na Bahia ocorrida em agosto, quando ele mais cinco cabras atravessam o Rio São Francisco na altura da cidade de Rodelas na Bahia.

O livro Lampeão Conquista a Bahia, lançado em 2011, aborda o período da entrada do rei do cangaço nas terras de Castro Alves, em 21 de agosto de 1928, apresentando matérias de agosto de 1928 até dezembro de 1929, (classifico a entrada na Bahia como a segunda fase de Lampião).

Em trabalhos anteriores a exemplo do livro Como Capturar Lampião, que abrange a década de 30 até sua morte, mostro a grande preocupação do estado e da sociedade civil para exterminar o grupo de Lampião, as estratégias do estado e outras tantas ideias algumas fantasiosas e absurdas.

No livro Lampião e os Interventores, que aborda o período pós a chamada revolução de 30, apresento matérias mostrando a mobilização e as cobranças da sociedade, também os relatórios com as falas dos interventores reproduzindo a versão oficial dos fatos, assim como a versão dada pela imprensa através dos jornais, que para minha surpresa apresentou a mesma versão.

No livro Notícias sobre a Morte de Lampião, faço a transcrição das matérias de julho a dezembro de 1938, que trata especificamente sobre a morte de Lampião. São os fatos publicados em primeira mão, ocorrendo falhas, distorções e imprecisões. Essas notícias foram depois, ao longo do tempo, estudadas, confirmadas, retificadas ou mesmo refutadas ou desmentidas por pesquisadores sérios que realmente estudaram esse período.

No livro Fim do Cangaço – As Entregas, como o nome já diz, trata das “entregas”, do processo das rendições de grupos de cangaceiros após a morte do rei do cangaço, mostrado pela imprensa nacional, principalmente a baiana, e também por documentos oficiais através dos Boletins da Polícia Militar da Bahia. Esse período é finalizado com a morte de Corisco em 1940, que encerra o ciclo conhecido como cangaço lampiônico.

Saindo da sequência cronológica publiquei: Charges com Lampião. Lendo e pesquisando tantos jornais e revistas da época em que Lampião atuava, isto é, anos 20 e 30 do século passado, não passou despercebido as caricaturas e charges de Lampião, me chamando a atenção a utilização do personagem com a política e os políticos do poder naquele período. Lampião foi personagem principal dos chargistas, mas o objetivo era atacar os poderosos da época, geralmente vítima dos jornais da oposição. 

A charge tem como finalidade satirizar, descrever ou relatar com humor e sátira fatos do momento por meio de caricaturas, com um ou mais personagens de destaque, nas áreas da política com maior frequência. As apresentadas no livro abrangem personagens de prestígio nacional como o Padre Cícero, Antônio Carlos governador de Minas, Capitão Chevalier com a famosa tentativa de uma expedição contra Lampião no início dos anos 30, Getúlio Vargas como presidente do governo provisório após a revolução de 1930, evidenciando a importância do personagem na nossa história.

Em coautoria com Antônio Amaury Correa de Araujo, publiquei: Lampião e a Maria Fumaça em 2003 e Lampião e as Cabeças Cortadas em 2008. Esses livros abrangem os anos 30 do cangaço de Lampião.

Publiquei em 2021: Lampião e a Revolução de 1930, o livro Lampião e seus cangaceiros 1920 a 1940 - Caderno de Anotações e o livro Lampião em 1931 – O Imperador dos Sertões.

Em 2022, lancei Lampião em 1932 – O Terror dos Sertões, onde apresento matérias divulgadas nos jornais do país, ao longo do ano de 1932 mostrando a saga do bando.

Em 2023 publiquei: Lampião em 1933 – O Flagelo do Nordeste, apresentando a transcrição das matérias que foram divulgadas no período.

Em 2024, publiquei o livro, Lampião em 1934 – O Terror do Nordeste, apresentando as matérias que foram divulgadas no período.

No presente livro: Lampião, seus perseguidores e o jornalismo desvirtuado – 1935, dou continuidade a publicação de minha pesquisa, de forma cronológica em forma de livros, transcrevendo as matérias que foram divulgadas no período.

Este último livro de Luiz Reben estará sendo lançado no CARIRI CANGAÇO, que será realizado em Piranhas-AL, nos dias 25 a 28 de julho de 2025, como apoio da gestão municipal de Piranhas/AL e da Academia Pinhanhense de Letras e Artes - APLA, que tem como presidente Jacqueline Rodrigues.

Paulo Afonso/Recife, junho de 2025 

Luiz Ruben F. de A. Bonfim

Economista e Turismólogo - Pesquisador de Cangaço e Ferrovia




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