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Professor Nery

Dia do professor

Publicada em 17/10/24 às 18:52h - 180 visualizações

Francisco Nery Júnior


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Dia do professor
 (Foto: imagem ilustrativa)

Nota do editor:

Por necessidade de realização de consultas médicas agendadas precisei me ausentar por uns dias, justo no momento em que o Professor Francisco Nery Jr. enviava para o site mais uma de suas boas crônicas e, desta vez, falando dessa classe de profissionais tão importantes e tão pouco ainda valorizada que é o PROFESSOR/A embora tenham dedicado a esse ser especial o dia 15 de outubro em sua homenagem.

Assim, com já o fiz, faço-o agora publicamente, ao tempo em que peço desculpas ao Professor Nery por esse desencontro, formulo fotos de muita serenidade e paz para cada um dos colegas que ainda está levando aos seus muitos alunos a oportunidade de novas e importantes descobertas em suas jovens vidas. Parabenizo aos caros colegas professores e professoras ao tempo em que compartilho com todos a certeza que a Educação muda as pessoas e as pessoas mudam o mundo. E estamos carecendo de olhares de mestres para o amanhã de todos nós. Por favor, fiquem todos na boa companhia do Professor Francisco Nery. Abraço fraterno. (Professor Antônio Galdino da Silva - Editor deste site)

Dia do professor

Francisco Nery Júnior

terça-feira, 15 de outubro de 2024

Tive bons professores; alguns excelentes. Uma meia dúzia, eu lhes erigiria um altar. Estão, efetivamente, no altar do meu coração. Não me conquistaram com quinquilharias pedagógicas. Me mostraram e indicaram o caminho árduo da vida a ser vencido com oração, trabalho, amor ao próximo, poupança e trabalho. Dá trabalho ser professor, digo aqueles iron butt desprezados da vida. Os tempos são outros e nós aqui, cronista e leitor, a nos deliciarmos com as nossas memórias – a doutorluizar.

Os professores, eles, não são valorizados. Cantados, romantizados talvez, mas não valorizados. Os doutores da vida, os defensores de teses, esses são valorizados – como [isto] deve ser. Os de cursos mais extensos perderam horas de lazer em cima de livros de formação. Os mestres, parece que não! O que parece que acham deles é que viraram, ao passo de mágica, mestres. Entram na sala de aula e tome bolodório.

Ah, leitor, benditos bolodórios dos meus mestres passados. Eles me encantavam com as suas dissertações. Até com os seus olhares sisudos que me mantinham dentro das linhas do labor de aprender, me encantaram.

Ele pode ser um amigo; amigo do peito. Até um compadre. Mas, se lhe prestar um serviço, lá vem a conta. Ele – digo o que não é professor - investiu, gastou dinheiro e carece ser remunerado. O professor, ele amigo da mesa de bar e da esquina, ele não come, não precisa pagar as contas e não se veste. O professor lá está para sempre prestar um servicinho.

E lá vai o professor – não quero grafar pobre professor – como o professor primário de Machado de Assis; o judeu errante a cumprir as suas horas de aula, com a sua sandália de couro batido, para sobreviver e morrer tendo quase exclusivamente no seu enterro o negro do pedaço. Negro da época de Machado.

Ser professor – e eles o são – é mexer na cabeça dos alunos suscitando, muitas vezes, incompreensões e vingança, quiçá inveja. Por incrível que pareça, inveja.

Tá bom, pessoal do site. Lembremo-nos dos nossos professores. Mandemos-lhes um beijo. Não no coração da moda. Mandemos um beijo estalante na face cansada de uma vida de pesquisas e estudo que só ele sabe valorizar.

Esquecendo tudo que foi dito, apostatando das verdades proferidas, bendito o professor semeador de conhecimento, esperança, otimismo e paz. Nós do lado de cá o sabemos assim. Sabemos que ele, do fundo do coração, nos ama e, aqui pra nós, nos perdoa. A todos nós. Todos sem exceção. Ele perdoa as nossas, digamos, bobagens juvenis.

Vivam os professores de todo o mundo. Eles são o sal da terra e a luz do mundo. Sem eles, ah sem eles, só restaria a escuridão.

Francisco Nery Júnior

P.S. Doutorluizar, neologismo criado pelo autor que significa sentar e observar. Uma vez, o leitor provavelmente vai rir, passei uma semana de manhã, de tarde e de noite traduzindo um grupo de noruegueses para os membros de uma organização social da nossa cidade. No encerramento, nenhum agradecimento; muito menos remuneração. Nada de cartão ou medalha. Apenas o comentário de uma das madames: “Essa semana Nery economizou sete almoços e sete jantares”. Dá para o leitor acreditar? Por outro lado, fiz novos amigos, um deles coronel da Força Aérea da Noruega, pessoa de alto nível, amigo do rei. Em tempo, não fiquei mais gordo - nem me empanzinei!





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1 comentário


Marcos Antônio Lima

17/10/2024 - 19:28:32

Feliz Dia do Professor.


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