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Professor Galdino

O despertar do Turismo em Paulo Afonso é anunciado com pompas e circunstâncias...Que bom!

Publicada em 07/08/21 às 13:22h - 1503 visualizações

Antônio Galdino


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O despertar do Turismo em Paulo Afonso é anunciado com pompas e circunstâncias...Que bom!
 (Foto: Acervo de Antônio Galdino)

Nos últimos dias o turismo de Paulo Afonso, o grande potencial existente no município desde quando Paulo Afonso era apenas a Chesf, no seu começo de história, começa a aparecer na mídia como um despertar quando se recebe o Ministro do Turismo do Brasil e técnicos daquele Ministério com acenos de retomada de ações que possam mostrar, novamente, ao mundo, o que Paulo Afonso tem.

Os que vivem o turismo em outros países, em outros continentes, sabem que os governos investem até em pequenas coisas que possam atrair visitantes de todos os outros lugares. Em Paulo Afonso, os muitos e grandes atrativos que nos cercam, alguns inéditos e só nossos, são gigantescos, de encher os olhos de alegria nesse pedaço de Terra da Felicidade que é a Bahia. E pouco se tem falado sobre eles...

Há quase 16 anos, ao concluir em 25 de novembro de 2005, o Mestrado em Ciências da Educação – Turismo, em Lisboa, ouvimos de um Professor Doutor do Curso de Doutorado em Turismo de Portugal e e da União Europeia, uma frase que carrego comigo todos esses anos: “Só não entendo, Professor, como vocês têm tanto e não têm nada”.

Precisamos mesmo mostrar ao mundo que temos tudo e esse tudo, tão diversificado, será o motivo para que muitos nos visitem. E que as fotos, vídeos, as selfies dessas visitas se espalhem por todos os lugares e motivem outros, muitos outros a também conhecer essas nossas tantas belezas e que, com o turismo se amplia o desenvolvimento local e regional que todos queremos.

De fato, amigos, a França tem a sua economia muito reforçada pela receita advinda do turismo. Assim também é a Espanha, a Itália e muitos outros países que não têm as belíssimas praias do Brasil, nem possuem, como Paulo Afonso cinco usinas hidrelétricas, várias subterrâneas, no raio de 4 quilômetros, nem cachoeiras grandes como a de Paulo Afonso que, mesmo sem água é grande atrativo, sim. Nem possuem lagos imensos como os nossos no meio da caatinga, nem um cânion navegável de 65 quilômetros de extensão com paredões gigantescos, nem outro belíssimo cânion seco como o nosso do Raso da Catarina.

Paulo Afonso tem ainda um filão pouquíssimo explorado que são as muitas trilhas associadas ao cangaço, fenômeno social que hoje é tema de estudos nas universidades do mundo todo.

E a própria cidade, a urbis, onde os monumentos não têm, ainda, o zelo e a manutenção que merecem, que suas  grandes praças, o comércio, as igrejas, a ilha de Paulo Afonso, que nasceu com a criação do canal da usina Paulo Afonso 4, o aeroporto, as ruas estejam novamente tomadas por pessoas vindas de todos os lugares...

Atrativos, temos muitos, de várias formas e já ouvi sugestões de outros, possíveis, se a gestão quiser...

Ouvi de uma professora do Curso de Pós-Graduação em Turismo na UNEB, em Paulo Afonso uma informação espantosa. Ela apresentou o exemplo de países, como os Estados Unidos, que valorizam muito o potencial turístico de uma região e dizia: “se eles desejarem criar ou valorizar um atrativo turístico, ele será respeitado, intensamente trabalhado, divulgado em todo o mundo e logo centenas, milhares de pessoas correm para vê-lo”. E citou o seguinte exemplo ilustrativo: “Se decidirem marcar um lugar e colocarem ali uma placa, e escreverem: ‘aqui foi o lugar onde o presidente Lincoln, cortava madeira com seu pai’ certamente muitos vão ali visitar esse lugar. Porque isso é muito bem divulgado."

Na Cathédale Saint Pierre, em Genebra, na Suíça, um dos maiores atrativos, exposto na belíssima nave da igreja, é a cadeira usada por Calvino um dos precursores da reforma protestante.

A grandeza dos atrativos turísticos de Paulo Afonso, levaram esse mesmo Ministério do Turismo do Brasil, há cerca de 10 anos atrás, após o diagnóstico realizado por técnicos da Fundação Getúlio Vargas, a reconhecer e colocar o município de Paulo Afonso entre os 115 destinos turísticos do Brasil que possuía na época mais de 2 mil municípios turísticos.

Houve um tempo em que um grande esforço do governo da Bahia e a atuação de técnicos da Bahiatursa atuando no processo de regionalização do turismo na Bahia, meta do governo federal para todos os estados brasileiros, foi criado em Paulo Afonso, em reunião de que participaram representantes dos estados vizinhos, Alagoas e Sergipe, um roteiro associado do turismo e o cangaço, envolvendo os municípios vizinhos da Bahia, nesses Estados. O roteiro foi lançado no Salão do Turismo realizado no Centro de Convenções Anhembi, em São Paulo e do qual participaram mais de 100 países.

E tudo isso aconteceu quando, por iniciativa deste cidadão, com o excepcional apoio da Sra. Rose Oliveira, responsável pelo projeto de Regionalização do Turismo na Bahia, foi criada a Zona de Turismo Lagos e Cânions do São Francisco, sendo a sede do Conselho (também chamado de Câmara) Regional do Turismo em Paulo Afonso.

Não se pode nunca, por uma questão de respeito e de justiça, esquecer que tudo que se refere a turismo em Paulo Afonso começou por iniciativa da Chesf que, ainda no ano de 1950 criou a Sala dos Visitantes e formou uma equipe de funcionários justamente para facilitar a visita de milhares de pessoas que aqui chegavam para conhecer as “obras da usina da Chesf e a poderosa e imponente Cachoeira de Paulo Afonso”.

Nesse tempo, Paulo Afonso, esse município que hoje tem mais de 120 mil habitantes, nem existia.

Não se pode nunca, também por uma questão de justiça, deixar de se falar que, quando o prefeito Abel Barbosa e Silva assumiu a prefeitura, nomeado pelo governo militar, em agosto de 1979, permanecendo no poder até 31 de dezembro de 1985, quando a vida política retomou a sua normalidade e foi eleito o prefeito José Ivaldo de Brito Ferreira, aquela gestão municipal, com o apoio da Chesf, deu os primeiros passos, assumindo a administração do turismo neste município.

E foi nesta gestão, com o apoio do governador da Bahia, Antônio Carlos Magalhães e do presidente da Bahiatursa, Paulo Gaudenzi que, depois, assumiu a Secretaria de Turismo do Estado, que Paulo Afonso foi apresentada ao mundo, quando o município e suas belezas naturais passaram a fazer parte do Projeto Caminhos da Bahia e foi apresentado, em imagens grandiosas e em publicações bilingues, em eventos de turismo do Brasil e de muitos países.

Foi também na gestão do Prefeito Abel Barbosa que se criou a Associação de Guias de Turismo de Paulo Afonso, a AGTURB, e foram construídos os principais hotéis na cidade, naquele tempo, o Hotel Belvedere e o Palace Hotel. Naquele tempo, nos finais de semana, Paulo Afonso recebia mais de 20 ônibus de turismo e as estradas federais eram uma buraqueira só...

Na gestão do prefeito Edson Teixeira, anos antes, foi criado o Canal da Usina PA-4, que transformou o centro histórico de Paulo Afonso numa grande ilha que, por si só, já é um grande atrativo turístico.

Foi na gestão do Prefeito Luiz de Deus, em seu primeiro mandato – 1989/1992 – que foi iniciada a Copa Vela, com o apoio da Chesf, com o foco nos esportes náuticos na Prainha de Paulo Afonso, passada pela Chesf ao município na gestão de Abel Barbosa. A Copa Vela foi se transformando ao longo dos anos e hoje é um grande carnaval fora de época.

Na gestão do prefeito Paulo de Deus, vieram os esportes radicais e Paulo Afonso ganhou a mídia televisiva com a participação de celebridades saltando de bung-jump da Ponte D. Pedro II e até do Teleférico.

Com o prefeito Raimundo Caires fez-se a restauração da Casa de Maria Bonita, a sinalização turística de Paulo Afonso, criou-se o Conselho Municipal de Turismo, foi iniciado o Projeto Eco-Turístico do Rio do Sal. 

Nas últimas gestões de Anilton Bastos foi criada e também adormeceu a Zona de Turismo Lagos e Cânions do São Francisco, que se anuncia agora que será retomada. Que bom!

Nos anos seguintes, a atenção para o turismo adormeceu, houve um sensível desapego por esse tema. Cheguei a ouvir de uma pessoa influente da gestão que “turismo não dá voto”.

Mas, que bom, que notícias alvissareiras nos chegam que assinalam para um despertamento desta área tão importante para a economia de um lugar.

Que bom que se está despertando de um longo período de hibernação. Que bom que se tome posse desses grandes espaços e que se possa mostrar ao mundo que temos muito e que iremos saber o que fazer com todo esse potencial que nos envolve.

A natureza tem sido por demais amiga de Paulo Afonso, ao nos oferecer tantos espaços bonitos de se ver. E ainda temos um grande aeroporto regional e estamos equidistantes dos maiores centros receptores do turismo internacional e nacional – Recife e Salvador – além de bem perto de Aracaju e Maceió.

Sempre defendi em palestras para estudantes de turismo que aqui estiveram, vindos de Fortaleza, e de cidades mais próximas, atraídos por esses nossos tesouros, que Paulo Afonso, com todos esses atrativos, é o centro regional do turismo.

Que retornem os voos, que se cuide bem das nossas estradas, que a rede de hotéis, restaurantes, intensifiquem as qualificações dos seus empregados para receber centenas, milhares de pessoas que, como era antes, sairão de Paulo Afonso com largos sorrisos e tanto voltarão outras vezes como, eles próprios serão os grandes divulgadores destas nossas belezas.

E que os que fazem a Secretaria Municipal de Turismo busquem parcerias importantes, com muitos órgãos, empresas e instituições e também com a Chesf que ainda é do governo federal assim como o Ministério do Turismo, e junto ao governo da Bahia, para criar e espalhar pelo mundo, em todas as formas de mídia, a divulgação maciça, um marketing eficiente desses nossos valores e que se consiga sensibilizar os empresários para que invistam nesta terra que, sendo da Bahia, também é a terra da felicidade!

Nunca tive dúvidas sobre a grandeza dessa nossa região como polo turístico brasileiro, igualmente reconhecido pelo próprio Ministério do Turismo.

Mas, quem mais precisa acreditar nisso é a própria gestão municipal, o que não tem acontecido nos últimos anos.

Claro que, por conta desse longo tempo adormecido, e não apenas por culpa da pandemia, há muito o que se fazer. Tanto na arrumação da casa, como na busca de parcerias, na retomada de projetos como o Bondinho ou Teleférico e outros, revitalização dos pequenos lagos, que precisam ser limpos em sua totalidade, na criação de um marketing muito positivo, no treinamento maciço dos profissionais que atuam diretamente com os turistas.

Há mesmo, muito o que se fazer e nada melhor para fazer crescer o entusiasmo que esse apoio do Ministério do Turismo.

Que nos mostremos para todo o Brasil e para o mundo todo, mesmo sem a beleza da nossa cachoeira.

Como disse no começo, que bom que novos olhares estão enxergando melhor toda essa nossa riqueza.

Um apaixonado por tudo isso, ainda desejo que meus olhos contemplem o esplendor dessas maravilhas estampadas nas publicações do ramo e exaltadas por todos nós, inclusive pelos céticos, de visão curta e de ouvidos moucos...

Que a retomada desses muitos espaços, na pós-pandemia, seja o grande impulso para o desenvolvimento regional, a partir do turismo!

E viva Paulo Afonso, esse nosso Oásis Sertanejo!!!

Antônio Galdino da Silva

Pós-graduação em Turismo e Desenvolvimento Sustentável/UNEB

Mestrado em Ciências da Educação/Turismo - Univ. Internacional - Lisboa/Portugal

Ex-diretor do Depto. Municipal de Turismo de Paulo Afonso-BA





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5 comentários


Irineu

13/08/2021 - 09:33:05

..Paulo Afonso se ligarem mais um fio você ilumina o Brasil e o mundo com suas potencialidades turisticas, que são pouco apresentadas, divulgadas, mostradas para um mercado poderoso que é o trade turístico


João de Barros Lima Filho

12/08/2021 - 21:34:02

Toda a região tem um potencial Turistico extraordinário e relativamente pouco explorado. Paulo Afonso, Piranhas e menos desenvolvido mas com excelente potencial, tem-se o lago de Itaparica e a Cidade de Petrolândia (aquilo lá é lindo). Pelo seu potencial a Cidade de Paulo Afonso seria o polo centralizador do Turismo na região.


Isac de Oliveira

10/08/2021 - 09:48:29

Língua de verificação: Português do BrasilEstilo de escrita: FormalForam detectados 2 erros ortográficos. Cancelar Galdino vc é um benfeitor. Paulo Afonso está perdendo espaço (largo), para Piranhas. Aliás, esses dias passando em Garanhuns, na Fazenda Polilac, a proprietária me falou que há grande fluxo de turistas, passando para Piranhas, todo final de semana. Ou seja, esses turistas não têm Paulo Afonso na sua rota. É lastimável!Que essa realidade mude, o quanto antes. Para verificar um novo texto clique aqui.


JOVELINA MARIA RAMALHO DA SILVA

08/08/2021 - 12:35:23

Tomara que isso não seja mais um show de oba,oba. Que saia do papel,crie vida é aconteça


Klaucius de Morais

07/08/2021 - 22:53:06

Ufaaaaaaaaa! Espero que dessa vez os PEIXES saíam dos aquários ou "gaiolas ".hv49wt


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