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Opinião/Reflexão/Crônica

Rememorar é preciso

E se o nascimento do menino Jesus fosse nos dias atuais, como seria a cobertura da mídia?

Publicada em 07/12/19 às 12:34h - 1306 visualizações

Prof.: Alcivandes Santos Santana


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Rememorar é preciso
 (Foto: imagens ilustrativas)

Se o nascimento do menino Jesus ocorresse nestes tempos atuais?

Como seria a cobertura da imprensa para esse acontecimento?

E como seria dada a notícia?

Penso que as redes de notícias ficariam tão vislumbradas com a presença dos três reis magos do Oriente, Belchior, Baltasar, Gaspar e encantados com os presentes dos magos, que logo se apressariam em fazer suas postagens se exibindo nas selfs e colocando imediatamente no whatsapp, facebook, instagram, twitter e outros.

Enquanto o recém-nascido, verdadeiro homenageado e Rei permaneceria no desconforto da manjedoura, do estábulo, da noite fria, um canto de um galo, passaria despercebido por todos e mal sairia em uma referência sobre Ele, nem mesmo em uma pequena nota de rodapé. O destaque seriam os reis que vieram de longe e seus presentes caríssimos...

Imagino também que os podcast, youtube, rádios webs e FMs em ato de total desespero na busca desenfreada de audiência, exibiriam a seguinte manchete: “Moça de família casa com um homem e está grávida de outro.”

Seria tão estarrecedor, que me recuso a pensar nos comentários que seriam feitos nas referidas redes sociais sobre a jovem Maria e seu referido esposo José.

Que nome se dá a um homem que se casa com uma mulher gestante de um filho que não é seu?

Na verdade, o menino Jesus continua a nascer todos dias e noites, ao tempo em que continuamos encantados com os presentes, alucinados com o brilho das luzes, pisca-piscas, árvores e decorações, além das atrações dos eventos natalinos.

Nossa atenção está no peru, na ceia, na festa e esquecemos que o termo comemoração quer dizer com memorian, ou seja, trazer à memória: Trazer à memória do quê? O que faz um Deus tornar-se homem? Um pai assumir-se como filho? Uma mulher colocar-se em risco de vida e de julgamentos alheios em nome de um projeto?

Nesse sentido comemorar significa re-memorar, isto é, atualizar a memória junto com o outro e os outros.

Prof.: Alcivandes Santos Santana

Historiador,Turismólogo, Escritor.

Membro da Academia de Letras de Paulo Afonso-ALPA

                                                                                             




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4 comentários


Fábio Carvalho

08/12/2019 - 00:12:32

Excelente texto, Alcivandes!Retrata exatamente a nossa realidade atual onde as pessoas só querem os seus destaques, suas famas, suas linhas de raciocínio... e esquecem da verdade e a VERDADE que é Jesus Cristo: foi concebido por obra do Espírito Santo. E Maria, com o o seu SIM, mudou toda história da humanidade, saiu na frente em obedecer a missão que Deus lhe confiou.Esse que é o Natal: tempo de rememorar a vinda do Salvador!


Giovanna da Silva Santos

07/12/2019 - 22:15:52

Meu querido amigo, que lindo texto! Condiz exatamente com nossa realidade, como somos insensíveis aos principal sentido do Natal, onde papai Noel, muitas vezes e em muitas casas é bem mais esperado. Um grande abraço!


Professor Galdino

07/12/2019 - 14:29:33

Ao ilustrar esse belo e inquisidor texto do acadêmico da ALPA, Alcivandes Santana, de propósito coloquei em primeiro lugar, como sugere o texto, a figura dos reis magos e de seus valiosos presentes, que seriam o foco da mídia dos dias de hoje. Afinal... eles vieram de tão longe e trouxeram presentes tão caros...Talvez fosse a justificativa. E coloquei a figura da manjedoura, com o menino em destaque, no final do texto, como uma provocação, uma chamada complementar para a reflexão sugerida pelo autor. Sobre a importância desse acontecimento, o Profeta Isaías já dizia, bem antes do menino/Rei nascer:"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz!"(Is.9:6)


Maria do Socorro

07/12/2019 - 13:11:41

Alcivandes, não tenho palavras para traduzir a beleza e ao mesmo tempo crueza do seu texto. Vc conseguiu sintetizar em poucas palavras os fatos de milênios. Que genialidade a sua desnudar a alma humana perante os valores. O menino continua sendo esquecido num canto do estábulo. Muitos se incomodam com a falta do ouro e dia títulos de nobreza, o sangue azul, os sutuosos palácios. O vale quanto pesa é uma constante na sociedade contemporânea. Nada aprendemos com o passado milenar. E fato, o menino nasce todos os dias e a recepção é sempre a mesma: o TER em detrimento do SER!


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